A liberdade é um valor fundamental que o mundo ocidental diz abraçar.
É claro que enquanto libertário concordo em absoluto que a liberdade individual, a soberania do individuo e direitos do mesmo é a base de toda a ideologia política que acredito ser moral e para onde devemos ambicionar caminhar.
Uma sociedade mais livre, onde os individuos podem tomar as suas decisões e viver as suas vidas em paz e livre das garras do Estado.
A palavra capitalismo tem uma conotação negativa em alguma parte do mundo ocidental e especialmente em Portugal. O problema está neste claro conflito que a sociedade portuguesa e também parte do mundo ocidental ainda não compreendeu.
É absolutamente impossivel existir liberdade sem capitalismo, mercado livre e direitos de propriedade.
Simplificando, os indivíduos necessitam de ter liberdade para comprar, vender, doar e com o mínimo de intervenção do Estado. Caso contrário, maior será o atrito e por consequência maior a distorção do mercado livre.
Portugal é um exemplo perfeito de um país onde existe direitos de propriedade. Ou seja, podemos ter uma casa, carro, terrenos e tudo mais.
O problema é que embora tenhamos um mercado livre, este mercado tem uma intervenção do Estado brutal. Seja pela quantidade de impostos que inflacionam os preços e reduzem os rendimentos. Seja pela quantidade de regulação e burocracia que afasta pessoas do empreendedorismo e investimento.
Numa sociedade onde existe muito atrito para empreender, existe menos emprego e com menos qualidade porque o empreendedor é quem cria postos de trabalho.
Também existem menos produtos e serviços de qualidade a um baixo preço, isto porque quem cria e vende produtos são também os empreendedores.
Resumindo é extremamente simples.
Quantas mais pessoas empreenderem, mais empregos, mais produtos, mais serviços e mais liberdade existe.
O contrário é também verdade.
Infelizmente os portugueses ainda não decidiram abraçar as ideias da liberdade e continuam dependentes do Estado.
Quando somos dependentes do Estado… Não somos livres.
Não acredito que isto seja alterado num futuro próximo e não vejo soluções políticas atualmente.
Por isso, acredito que a solução é mudar primeiro a cultura e só depois a política.
É necessário cultivar as mentes dos portugueses e incentivar o pensamento critico para extinguir o pensamento único.
Abraça a liberdade,
Luís Alfaia