segunda-feira, 16 setembro, 2024
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“Racismo” Eleitoral nos EUA

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União Fragmentada

Há um filme de Hollywood sobre a história dos Estados Unidos da América (EUA), “O Tesouro 2: O Livro dos Segredos” (2007), onde Nicolas Cage diz:

Before the Civil War, the states were all separate. People used to say “United States are.” Wasn’t until the war ended, people started saying “The United States Is.”

“Antes da Guerra Civil, os estados eram todos separados. As pessoas costumavam dizer “Estados Unidos são”. Só depois que a guerra terminou é que as pessoas começaram a dizer “Estados Unidos é”.

Frase poética, manifestando a União resultante do sangue dessa guerra. Facto é que desde então os EUA nunca tiveram tão polarizados, um pouco como acontece por todo o Ocidente, como no Brasil, Argentina e na Europa.

Na minha opinião, esta divisão deve-se ao facto da esquerda ter ganho progressivamente guerras culturais em instituições e implementar políticas colectivistas/globalistas em nome de minorias (sejam elas quais forem) sem valorizar liberdades individuais, soberania nacional e meritocracia defendidas desde sempre pela direita conservadora. Ao ponto que qualquer moderado vindo de família tradicionais (pai e mãe presentes) serem hoje empurrados para a “extrema-direita” pela esquerda radical.

Colheita de Votos

No que toca ao processo eleitoral nos EUA, há indubitavelmente situações controversas. Uma delas é o cepticismo constante do resultado eleitoral, seja por questões da identificação do eleitor, votos electrónicos ou o resente voto por correio. Ambos os partidos (esquerda, partido Democrático, ou da direita, partido Republicano). Notoriamente, aconteceu com Al Gore (D) em 2000 ao questionar questionou o resultado eleitoral perante a derrota contra George W. Bush (R). Ou Hillary Clinton (D) em 2016 na derrota contra Donald J. Trump (R). Porém, todo o sistema condena Trump ao questionar o último resultado em 2020, quando é derrotado por Joseph Biden (D), o homem que fez a campanha eleitoral na sua cave enquanto Trump enchia estádios.

Porém, todo o sistema condena Trump ao questionar o último resultado em 2020, quando é derrotado por Joseph Biden (D), o homem que fez a campanha eleitoral na sua cave enquanto Trump enchia estádios.

Sem considerar depoimentos sob juramento de centenas de testemunhas que alegam irregularidades nos votos em estados relevantes como Georgia (um swinging state), o maior determinante para a derrota de Trump foi o facto do Estado da California ter legalizado poucos meses antes das eleições, utilizando a pandemia como justificação, o “Ballot Harvesting”, ou em bom português, “Colheita de Votos”.

Esta prática permitiu o partido Democrata recolher de porta em porta votos tipicamente democratas em prédios nas cidades. Encurralados, os Republicados sem estarem preparados para recolher os seus votos de quinta em quinta separada por quilómetros nas zonas rurais, avançaram com uma queixa no Supremo Tribunal dos Estados Unidos a questionar a legalidade constitucional desta nova lei, mas o Tribunal recusou sequer olhar para o seu mérito.

Conclusão: Biden ganhou com o maior número de votos da história dos Estados Unidos, apesar de Trump ter tido um melhor resultado do que na sua primeira eleição em 2016, algo bastante raro na segunda candidatura de qualquer outro presidente.

Supressão Eleitoral

Porém, outro assunto interessante de notar, é o facto que nem todos os Estados exigem identificação aos eleitores no momento do voto.

Exigência da identificação (com ou sem foto) ao eleitor no momento do voto por Estado.

Cada Estado é soberano para legislar os votos federais, e há uma grande disparidade na exigência da identificação do eleitor no momento do voto porque há uma retória da esquerda que acha que não se deve exigir um documento oficial aos eleitores porque americanos de descendência africana (black/african american) são desproporcionalmente mais pobres, e muitos não têm capacidade financeira de obter documentos oficiais, dando o exemplo do preço de 100€ dos passaportes. Consequentemente, a esquerda admite que isso iria suprimir e impactar bastante mais o seu eleitorado.

Algo cada vez menos verdadeiro nas minorias, porque Trump é cada vez mais popular nas minorias visto que estas já perceberam que a esquerda apenas empobrece as suas comunidades. Este despertar foi conquistado um pouco graças a personalidades conserevadoras da comunidade negra como a Candance Owens, Larry Elder e Thomas Sowell. Recomendo qualquer conservador procurar pelo trabalho destes autores.

Esta ideia permitiu inclusivé ao longo dos anos alguns produtores de conteúdo digital no Youtube viralizarem vídeos com a opinião de negros sobre esta preocupação da esquerda. Convido-vos a ver alguns deles na diagonal:

2018
2021 (Paródia)
2023

Como podem constatar, os próprios negros acham essa ideia ofensiva. É um racismo vindo de brancos mimados privilegiados no ensino superior e a sua condescendência de baixa expectativa perante a comunidade negra. Simples quanto isso, novamente a esquerda a ser racista a tentar combater o hipotético racismo sistémico da sociedade.

É verdade que em termos relativos 17% da comunidade negra está abaixo da linha de pobreza comparando com 8,6% da comunidade branca. Em todo o caso, considerando que brancos são 60% da população e negros 13%, em termos absolutos, há um maior número de pessoas brancas pobres do que pessoas negras. Mas para esses brancos pobres os democratas não demonstram qualquer preocupação, porque não são uma “minoria”.

Se os esquerdistas estivessem verdadeiramente preocupados com supressão eleitoral, não teriam apoiado a decisão do Tribunal Supremo do Colorado a remover o nome de Donald Trump das primárias republicanas do Estado. Ao que parece, estão proteger a Democracia com a supressão de votos do candidato mais popular das sondagens. A esquerda não tem quaisquer princípios, se não a de ganhar e proteger o seu Poder.

Por outro lado, por mais que a esquerda tente destituir Trump, por mais denúncias e acusações em Tribunais, difamações nos Media, por mais comparações com discursos de Hitler ou Mussolini diariamente feito pela CNN, Trump nunca foi tão popular como no dia de hoje. A própria CNN, composta por jornalistas orgulhosamente Democratas, começam a manifestar pânico alegando que Trump é o “político-vítima” com maior sucesso que alguma vez viram. Qualquer moderado já percebeu o que se passa. Afinal, a républica das bananas que a esquerda acusava Trump de fazer com o sistema judicial, é efectivamente utilizada como arma do lado dos democratas.

“We” are winning. 😉

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