quarta-feira, 22 janeiro, 2025
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Senhores Deputados, é Hora de Retirar a Ideologia de Género das Escolas

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Em Portugal, especialmente desde que a Geringonça, encabeçada pelo PS, começou a governar, as metas de aprendizagem foram substituídas por metas de avanço de pautas ideológicas, que, para serem bem-sucedidas, têm de expropriar os pais da educação dos seus filhos. O objectivo político – de expropriar os pais da educação dos seus filhos – foi tornado público por vários professores, jornalistas, comentadores políticos e também pelo Dr. Jorge Sarmento Morais, ex-chefe de gabinete do ex-ministro da educação, Dr. João Costa, na Assembleia Municipal de Lisboa, que decorreu no dia 02 de Novembro de 2023, e que aqui recordo: «O papel das escolas é retirar as crianças à família para as fazer crescer em comunidade.»

E, claro que nada disto é novo. Esse sempre foi o sonho socialista/comunista expresso pela feminista Aleksandra Kolontai, nos idos anos 1918, na ex-União Soviética, no seu ensaio O comunismo e a família:

«O homem novo, da nossa nova sociedade, será moldado pelas organizações socialistas, creches, infantários, escolas, residências universitárias e muitas outras instituições deste tipo, nas quais a criança passará a maior parte do dia e onde educadores inteligentes a converterão num comunista consciente […] Desde agora, a mãe operária que tenha plena consciência da sua função social, elevar-se-á ao extremo que chegará a não estabelecer diferenças [como] «os teus e os meus»; terá que recordar sempre que de agora em diante não haverá mais «nossos» filhos, mas sim os [filhos] do Estado Comunista, um bem comum a todos os trabalhadores. […] … [as mulheres] devem acostumar-se a procurar e encontrar sustento noutro lugar, não na pessoa do homem, mas sim na pessoa do Estado.»

A verdade é que a visão da feminista para a ex-União Soviética acabou por ser posta de lado, pois só trouxe caos e miséria à nação. Quem o diz não são pessoas de direita, mas sim Kate Millett, outra ultra feminista, que escreveu:

«As crianças vagueavam frequentemente pela rua, a delinquência juvenil tornou-se um perigo considerável.»

Ainda de acordo com Kate, o Comissário de Saúde Pública terá dirigido estas palavras aos jovens soviéticos:

«O Estado ainda é muito pobre para assegurar a vossa manutenção e a educação das crianças. Por consequência, aqui fica o nosso conselho: ABSTINÊNCIA!» (Kate Millett, 1974, págs. 165 e 169)

Hoje, e como disse o Dr. Jorge Sarmento Morais, o socialismo continua empenhado em destruir a família e em usar a Escola para retirar os filhos aos pais e fazer deles «bons» socialistas.

O que podemos fazer, para acabar com o projecto do socialismo?

Reconhecer os direitos dos pais, consagrados na Constituição da República Portuguesa, como fundamentais para a protecção e segurança dos filhos e pressionar os políticos eleitos a revogar leis iníquas que só servem interesses obscuros de determinados movimentos e projectos de poder.

As escolas devem voltar a ser instituições de ensino, nas quais os pais possam voltar a confiar, e não linhas de montagem de doutrinação político/ideológica.

A educação dos filhos dos portugueses não pode continuar a ser determinada por teóricos Queer, como Judith Butler, omnipresente nos guiões e manuais de género e cidadania, que decidiu que «não existem homens nem mulheres. Que o sexo biológico é uma fantasia, algo em que só acreditamos porque nos foi repetido com frequência. Que o género não está associado ao sexo biológico, que não desempenha nenhum papel – apenas surge porque foi criado pela linguagem e porque as pessoas acreditam no que ouvem repetidamente. Que a identidade é flexível e fluída. Que não há masculino nem feminino, mas apenas um determinado desempenho, ou seja, um comportamento que pode ser alterado a qualquer momento.» (“Por outras palavras, o “sexo” é uma construção ideal que se materializou à força ao longo dos tempos. Não é um facto simples ou uma condição estática do corpo, mas um processo no qual certas normas reguladoras o materializaram e chegaram a essa materialização pela reiteração forçada dessas mesmas normas.” Judith Butler, Bodies That Matter, Nova Iorque, Routledge, 1993, 21. Lido em: Gabriele Kuby “A Revolução Sexual”, pág. 82.)

Essa é a ideologia que tem levado a que o número de crianças, adolescentes e jovens que engrossam a lista de espera nos consultórios de psicólogos, psiquiatras e hospitais psiquiátricos deste país – por se sentirem confusos quanto à sua própria identidade sexual – continue a aumentar. Como adultos responsáveis, não podemos permitir que, à semelhança do que já acontece noutros países, o número de jovens adultos arrependidos por terem «mudado de sexo» e as elevadíssimas taxas de suicídio depois da transição sexual se repitam no nosso país.

Por isso, urge acabar com a mentira de que o sexo é atribuído no nascimento. O sexo é determinado na concepção, quando o espermatozoide que carrega um cromossoma X ou Y se une ao óvulo que tem um cromossomo X, criando um macho (XY) ou uma fêmea (XX). O sexo é reconhecido durante a ecografia pré-natal ou no nascimento através da observação da genitália externa. Biologicamente, os machos são definidos como o sexo que produz esperma, e as fêmeas são definidas como o sexo que produz óvulos. “Sexo” e “identidade de género” não significam a mesma coisa. O sexo é imutável e tem limitações e vantagens naturais ligadas à condição de homem ou mulher. Por outro lado, a identidade de género faz referência a um estado de espírito, a um sentimento interno profundamente sentido, que é volátil e que não corresponde à realidade.

Assim, e no sentido de proteger as crianças das nefastas consequências da revolução sexual – imposta à sociedade por meio de directrizes emanadas de Bruxelas, que as esquerdas e a “direita” que a esquerda tolera se apressaram a introduzir no ensino – os partidos (PSD e CHEGA) que afirmaram querer retirar a ideologia do ensino e que, juntos, formam a maioria, devem emanar e aprovar leis no sentido de:

  1. Proibir todos os manuais, guias, guiões, vídeos e actividades, que promovam o conceito ideológico de uma «identidade de género» a ser construída pela criança e pela escola. A fluidez de género – ensinar a uma criança que a sua identidade é determinada pela sua «orientação sexual» aprendida na escola e nas redes sociais e que é, portanto, flexível, alterável e diversificada – não pode fazer parte do currículo escolar e, portanto, não deve ser ensinada ou promovida em/por:
    • sala de aula,
    • desenvolvimento profissional de professores,
    • por consultores externos,
    • associações lgbt+
    • actividades escolares especiais, AEC’s, ou por meio da distribuição de material para professores e/ou alunos.
  2. Aplicar essa proibição ao conceito de que o sexo/género masculino e o sexo/género feminino são «construções sociais», pois essa ideologia incute na mente das crianças  a mentira de que «homem, mulher e família, pai e mãe, sexualidade e fertilidade não são conceitos naturais, mas sim «construcções sociais» (construídas pelos malvados dos machos, pois claro!) que determinam a hegemonia dos homens sobre as mulheres e da heterossexualidade sobre todas as outras formas de sexualidade.» (Gabriele Kuby “A Revolução Sexual”, págs. 84-85). Essa é uma narrativa feminista, ideológica, que não corresponde à realidade.
  3. Garantir que, tal como acontece com todos os alunos da escola, os alunos confusos quanto à sua própria sexualidade sejam tratados com cuidado, compaixão, dignidade e inclusão, livres de discriminação, assédio, difamação e violência e participem de todas as aulas, serviços e actividades da escola.
  4. Deixar claro que as direcções das escolas não podem definir que um aluno é transgénero e tratá-lo pelo pronome ou pelos nome que este escolher sem ouvir os pais e sem levar em consideração o conselho de médicos especialistas (que precisam de voltar a poder exercer a sua profissão sem a ameaça de represálias) escolhidos pelos pais ou responsáveis pelo aluno.
  5. Deixar claro que as escolas devem informar sempre os pais/responsáveis ​​sobre o comportamento dos alunos e envolvê-los em todas as fases do processo de tomada de decisão.
  6. Nenhuma escola, ou psicólogo escolar, pode ocultar informações aos pais sobre a orientação ou confusão sexual de um aluno menor.
  7. Nenhum aluno menor de idade tem o direito ou a capacidade de impedir a escola de dar informações sobre a sua sexualidade aos pais.
  8. Nenhum aluno menor de 18 anos pode mudar o seu nome na escola sem o consentimento dos pais ou dos responsáveis ​​com quem vive. No caso de guarda partilhada, é necessário o consentimento de ambos os pais.
  9. Os alunos que se encontram num estado de confusão quanto à sua identidade, devem obedecer às normas da Escola no que às regras de vestuário diz respeito.
  10. Nas aulas de Educação Física e no desporto escolar, os alunos só podem competir na categoria correspondente ao sexo com que nasceram. Só assim se reconhece que os rapazes têm mais força do que as raparigas e, por esse motivo, têm vantagem nas competições desportivas do sexo feminino.
  11. Os alunos que nasceram com o sexo masculino não poderão usar as casas de banho, balneários e vestiários das alunas que nasceram com o sexo feminino; o mesmo para as alunas que nasceram com o sexo feminino.
  12. As crianças confusas quanto à sua sexualidade devem aprender que não é a casa de banho ou o balneário que utilizam que muda o que quer que seja na sua natureza e que a escola as protege quando não permite que rapazes possam usar o WC e os balneários das raparigas e vice-versa.
  13. Nenhum aluno deve ser forçado a tomar banho, nu, diante dos demais. Todos os alunos têm direito à sua intimidade e privacidade.
  14. Os alunos que se sentirem constrangidos em tomar banho diante dos outros, seja por que motivo for, devem ter uma terceira opção ou a possibilidade de não tomarem banho na escola.
  15. Todas as casas de banho devem ter portas que fechem por dentro de forma a garantir a privacidade de TODOS.
  16. Se as escolas estabelecerem, por iniciativa de professores ou alunos, grupos de apoio e discussão de questões de género e sexualidade (como grupos de apoio LGBTIQIAP+), os pais devem ser devidamente informados e os alunos menores de 18 anos só poderão participar com autorização escrita dos pais.
  17. Alunos com menos de 18 anos, não devem ser envolvidos por adultos – professores, psicólogos, enfermeiros ou outros – em questões de fluidez e transição de género sem prévio conhecimento e consentimento dos pais e os pais precisam de ser devidamente informados sobre o assunto.
  18. Os pais têm o direito de saber se a fluidez e a «mudança de sexo» [ou auto-determinação de género] – a cultura LGBTQIA+ – estão a ser discutidas, disseminadas e incutidas na escola dos seus filhos.

É preciso deixar claro que, ao contrário do que os defensores da ideologia de género afirmam, negar o acesso das crianças à casa de banho que escolherem não é uma forma de discriminação. Discriminação, é tratar o que é igual de maneira diferente. Meninos e meninas não são iguais. O sexo corporal não muda de acordo com a forma como nos identificamos e a nossa anatomia demonstra claramente que homens e mulheres são significativamente diferentes uns dos outros. As casas de banho específicas para cada sexo limitam-se a reconhecer essas diferenças físicas imutáveis ​​e não tratam ninguém como inferior.

Isso é totalmente diferente da discriminação racial, que tratava os negros como cidadãos inferiores por causa de uma característica não escolhida, imutável (não fluída) e identificável: a cor da sua pele. Em contraste com a cor da pele, a identidade de género é subjectiva, inverificável e escolhida de acordo com os sentimentos de cada um. Não é fanatismo, muito menos «discurso de ódio» reconhecer que há diferenças biológicas entre homens e mulheres.

As casas de banho e os vestiários, onde pode entrar qualquer pessoa que se identifique como sendo do outro sexo, aumentam a probabilidade de crimes sexuais. Qualquer um pode tirar proveito das políticas de casas de banho e balneários mistos. Um estudo de 2018 (nos EUA) mostrou que havia três vezes mais ofensas de voyeurismo nas lojas de varejo da Target após o anúncio público da nova política de casas de banho e provadores mistos. Além disso, um relatório investigativo do Reino Unido descobriu que “quase 90% das agressões sexuais, assédio e voyeurismo relatados em piscinas e balneários de centros desportivos” ocorrem em instalações mistas. Dos 134 incidentes relatados que incluíam voyeurismo, assédio, agressão sexual e violação, 120 foram cometidos em espaços mistos. (https://www.thetimes.co.uk/article/unisex-changing-rooms-put-women-in-danger-8lwbp8kgk)

É por isso que existem vestiários segregados por sexo. Para proteger as mulheres de agressão e crimes sexuais. Mas, a segurança não é a única razão para haver espaços íntimos do mesmo sexo. Mulheres e meninas (e homens e meninos) também merecem a dignidade da privacidade – de não serem expostos ao outro sexo – ao tomar banho, trocar de roupa ou ao usar a casa de banho.

Assim, creio que as recomendações acima são as únicas que se ajustam à realidade é à natureza das coisas, sendo, portanto, viáveis, e, para tranquilidade das famílias e segurança de todos os alunos, é urgente que o governo legisle e as aplique.

É preciso proteger as crianças portuguesas de uma ideologia que está a confundir, mutilar e destruir crianças por todo o Ocidente. Termino, recordando as palavras de C. S. Lewis:

«O poder do homem para fazer de si mesmo o que bem entender significa, como vimos, o poder de alguns para fazer dos outros o que bem entenderem.»

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