Vocês sabiam que o Portugal aceitou ser um dos países-piloto a aderir ao Cartão Europeu de Vacinação? Pois, eu também não fazia ideia, talvez por não existirem notícias sobre isto nos media portugueses. O projeto EUVABECO, como é chamado, supostamente tem previsão de começar a ser testado ainda este ano, tanto em Portugal como na Alemanha, Bélgica, Grécia e Letónia. Este Cartão Europeu de Vacinação (EVC) trata-se de um cartão de identificação que contém dados sobre a vacinação de cada indivíduo, acessível a qualquer pessoa através de um código QR , que servirá de “passe” dentro da União Europeia, com a premissa de facilitar a apresentação do histórico de vacinação dos pacientes quando se dirigem a unidades de saúde noutro país.
Como devem calcular, isto levanta uma série de questões. Em primeiro lugar, em relação à informação que nos divulgam. A Organização Mundial da Saúde não declarou o fim da emergência global da COVID-19 em maio de 2023? Será que este tipo de medidas antecipam que um período de emergência global, e suas consequentes restrições, que pensámos que seria temporário, tornar-se-á de facto para sempre permanente? Em segundo lugar, existe um grande perigo que este tipo de instrumentos se tornem uma ferramenta de controlo à liberdade. Com este cartão a nível europeu, as autoridades terão o poder de restringir a livre circulação, não só a nível nacional mas também a nível internacional. Para não falar da autonomia da escolha, já que um cidadão que se recusar a ser vacinado pode passar a ser visto como um “não-cidadão” e a ser obrigado a tomar as vacinas que o governo lhe exige, para poder voltar a ser um “cidadão livre”. Em terceiro lugar, até que ponto não será antidemocrático que o governo aceite fazer parte deste tipo de iniciativas sem a consulta dos cidadãos e como é que lhes pode exigir que façam parte do mesmo, caso estes se recusem? E por fim, um ponto mais conspiratório, será que isto é mais um passo dos globalistas europeus para a criação de um sistema político confederado e centralizado na UE?
Não é de admirar que Portugal seja um dos países a aderirem a este projeto-piloto, afinal de contas também fomos os pioneiros no Certificado Digital COVID, que com o objetivo de facilitar a livre circulação segura durante a pandemia também se tornou uma ferramenta burocrática que atentou aos nossos direitos, servindo de chantagem e pressão para os não vacinados. O Serviço Nacional de Saúde funciona tão bem com tudo o que tem em mãos, que realmente é uma ótima escolha de país para implementar este tipo de casos de estudo (estou a ser irónica). Ou será que a escolha se deve ao governo português ser completamente permissivo no que concorda em nome dos seus cidadãos, quando o assunto é fundos europeus? Fico à espera do Fact Check do Polígrafo SIC para perceber.
Nota: Descobri que já existe uma Petição pela Rejeição do Cartão Europeu de Vacinação a decorrer, no caso de estarem interessados.