terça-feira, 3 dezembro, 2024
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A Solução para a “Crise Climática”

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É sistematicamente apresentada uma dicotomia entre Ambientalismo e Crescimento Económico, que tem inclusive servido como justificação de atos de vandalismo e desordem pública pelos acólitos de Greta Thunberg. Mas será esta uma falsa dicotomia?

“A humanidade abriu as Portas do Inferno”, disse António Guterres no passado mês de Setembro em mais uma inútil reunião climática das Nações Unidas. Este discurso alarmista e emergencial nada tem a ver (como é óbvio) com uma crescente tendência para justificar mais poder para estas organizações não democráticas. Todos nós sabemos que quando tomados pelas emoções e assustados perante uma crise existencial, as melhores, mais ponderadas e racionais decisões são sempre alcançadas, certo?

Mas ironias à parte, têm sido crescentes as tensões na nossa comunidade relativamente a esta temática. Maiores ainda quando se começam a discutir soluções. É sistematicamente apresentada uma dicotomia entre ambientalismo e crescimento económico, que tem inclusive servido como justificação de atos de vandalismo e desordem pública pelos acólitos de Greta Thunberg. Mas será esta uma falsa dicotomia? Teremos nós realmente que escolher entre ambientalismo e desenvolvimento económico?

Já na década de 50, Simon Kuznets estudava a relação entre desenvolvimento económico e desigualdade salarial. Foi a partir dessa análise sobre a desigualdade que ele propôs uma hipótese interessante: a de que, à medida que uma economia cresce, a desigualdade salarial inicialmente aumenta para, em seguida, diminuir. Esta observação inicial foi posteriormente adaptada para a relação entre crescimento econômico e degradação ambiental, originando a famosa Curva de Kuznets Ambiental.

A Curva de Kuznets Ambiental demonstra que o crescimento económico resulta inicialmente em uma maior degradação ambiental, para mais tarde, assumindo um continuar desse crescimento económico, esse impacto ambiental ser reduzido. Não apenas o bom senso, como também dados recolhidos de vários países corroboram esta curva (ex. As emissões de carbono estão a diminuir na maioria dos países ricos e têm diminuído no Reino Unido, Alemanha e França desde a década de 70.), que apresenta para a “crise climática” a mesma solução que os seus principais ativistas dizem ser o problema. Ora, eles não estão errados, efetivamente, para fugirmos da pobreza e miséria, diferentes países desenvolveram enormemente as suas economias, o que inevitavelmente gera um impacto ambiental. No entanto, a pergunta fica: Se o objetivo é “salvar o planeta” para evitarmos uma catástrofe humanitária, será a melhor solução andar para trás ou para a frente na Curva de Kuznets?

Para os que escolherem andar para trás, deixem-me citar uma conhecida vossa. “Como ousam” vocês impedir o desenvolvimento de países pobres? “Como ousam” reprimir a criação de melhores condições de vida para evitar as miresaveis situações de fome e pobreza em que eles se encontram? Não merecem essas nações, de igual forma como os denominados “paises desenvolvidos”, aumentar os seus resultados económicos? Talvez se Greta Thunberg fosse mais à escola, teria aprendido sobre a Curva de Kuznets, sobre economia e comportamento humano. Teria aprendido, que contrária à perspectiva alarmista e anti-capitalista, existe uma prespetiva otimista de soluções práticas, e que não precisa de subjugar biliões de pessoas à pobresa, dizendo que tudo isto é para as “salvar”.

Pessoas e nações mais economicamente desenvolvidas detêm de mais tempo, recursos e capacidades para criar soluções mais sustentáveis sem colocar em risco a sua qualidade de vida. Pelo contrário, pessoas e nações empobrecidas, com dificuldades ou ativamente impedidas de se desenvolver, acabam por, na sua luta pela sobrevivência não conseguir nem proteger o ambiente, nem aumentar a sua qualidade de vida. Isto fica evidente com simples exemplos como o facto de 90% de todo o plástico nos oceanos ter origem em apenas 10 rios, 8 na Ásia e 2 em África.

Outro aspeto que é importante salientar é o cariz alarmista e emergencial, que muitas vezes vemos as principais caras do ambientalismo usar. Não poderia deixar de mencionar (aquilo em que posso entrar em mais detalhe em um próximo artigo) a irracionalidade desta posição e das propostas apresentadas. Se a urgência de atuarmos o mais rápido e eficazmente possível é assim tão evidente, porque não considerar a fonte mais eficiente de energia verde já inventada pelo homem, a Energia Nuclear? Mesmo que de forma apenas temporária, a enorme, emergente e “infernal” crise climática não justifica a utilização desta tecnologia em vez das lentas e ineficientes energias renováveis? Energias estas onde (ironicamente) o seu efeito ambiental e humano é sempre ignorado e que exigiriam, se usadas para fornecer 100% das atuais necessidades energéticas, um aumento absurdo da área utilizada para produção de energia dos actuais 0,5% para 50%! Sobre estes e muitos outros dados interessantes, deixo uma recomendação do livro “Apocalipse Never: Why Environmental Alarmism Hurts Us All” de Michael Shellenberger.

Para finalizar, a próxima vez que deres por ti a conversar sobre esta temática ou assistires a ativistas climáticos e dizerem que não existe “Planeta” B, sabes agora que não só um “Plano B” existe, como é o mais eficiente e humanitário. Incentivar ao pánico, vandalizar obras de arte e tentar justiicar mais centralismo global são armas de quem quer mais poder e controlo, não de quem quer libertar a inventividade humana que sempre foi capaz de resolver todo e qualquer problema que lhe foi apresentado.


Podes consultar mais artigos deste autor aqui.

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3 COMMENTS

  1. Sugiro a leitura da extensa obra de, Bjorn Lomborg, que prova com numeros a falácia dos apanhados do clima e das prioridades dos SDG da ONU, enquanto o marxismo cultural se focar em empobrecer o ocidente, nada vai realmente mudar em termos de abordagem a este tema, apenas rumo à miséria e quando esse tempo chegar, nem no ocidente, o ambientalismo vai ser uma preocupação, dado que as pessoas vão estar preocupadas apenas com a sobrevivencia imediata.

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