quinta-feira, 19 setembro, 2024
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Lembrança do que tem preço, esquecimento do que tem valor

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É o lembrete que mais carece de ser feito. Esta ocasião faz sempre questão de nos relembrar todos os valores que temos como base Ocidental (base judaico-cristã). Seja em filmes, séries ou até mesmo em falsos altruísmos de pessoas com mesas fartas e corações vazios. 

A tradição cada vez se tem perdido cada vez mais e as pessoas não parecem notar essa perda. Aliás, parecem de alguma forma coniventes com essa perda. Vivemos num mundo em que ter orgulho ou pelo menos respeitar estas tradições deveriam alegadamente ser motivos de vergonha. Pessoas que partilham a mesma cultura Ocidental, que partilham da fé cristã ou pelo menos da noção de que essa mesma religião é a base da nossa cultura, são neste momento ridicularizadas e apelidadas de nomes estranhos. O respeito pela cultura e pela pátria é extremista. A prática ou respeito pela religião é fundamentalismo. E o amor à família é a cereja no topo do bolo “fascista”. 

As tradições têm-se perdido, as pessoas têm-se afastado e o Natal propriamente dito transformou-se em algo completamente desprovido de significado (seja esse significado religioso ou cultural). O que fazer perante isto? Aquilo que os conservadores fizeram durante toda a vida: proteger o que amamos da degradação.

Como se mantém viva uma tradição ou forma de vida num mundo que a ridiculariza? Como se pratica a religião num mundo que a apelida de opressora? Como se ama a família num mundo em que a prática desse amor é apelidada de machista e patriarcal? Resistindo. 

As tradições só se mantêm vivas com a sua prática. A família só se mantém se resistirmos às sugestões atuais de isolamento social. A religião? Mais do que com a prática dos ritos (que obviamente também têm a sua relevância) mantem-se com a prática da religiosidade. Mais do que ir à igreja e bater no peito praticando altruísmo de forma anual, ajudar quem precisa. E a ajuda pode ser dada das mais variadas formas. Que seja feita a chamada a quem não tem passado um bom bocado. Que as brigas antigas sejam resolvidas (brigas essas que muitas vezes já ninguém se lembra exatamente das suas causas). Que a mão seja dada a quem precisa sempre que tivermos a oportunidade. E que nenhum mal que possa ser impedido se passe à nossa frente ou com o nosso conhecimento.

Mais do que qualquer outra altura, o Natal relembra-nos que existem pessoas na pobreza. Pessoas que, pelas mais variadas razões, se encontram sozinhas. E claro, outras tantas com as quais estamos chateados sem sequer nos lembrarmos do porquê. Prolonguemos esse altruísmo para o resto do ano através da prática da religiosidade. Estejamos próximos da família durante o resto do ano e priorizemos esse tempo passado próximo dos que amamos. Cuidemos do nosso país com amor ao mesmo visto que só temos este e está em grande risco de deixar de existir.

Não se permita que o que é moderno altere o que é importante. Preserve-se o que realmente vale a pena e faça-se frente a quem o quer destruir. Porque se a vossa religião, a vossa nação e a vossa família não merecer a vossa dedicação e proteção? Nada restará.

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