“Transformar a obesidade em saúde é um acto de auto-responsabilidade e respeito para consigo próprio/a. ”
“A chave para vencer a obesidade está em pequenas escolhas diárias como : movimento,alimentação e amor-próprio”
Uma mulher de 54 anos,com cerca de 150 Kgs, viu o seu pedido de reforma por invalidez ser-lhe negado com o argumento de que a obesidade não provoca invalidez e que o excesso de peso tem tratamento. Mas a mulher decidiu recorrer ao tribunal e este deu-lhe razão, alterando, de certa forma, o paradigma representado nas duas frases do início deste texto.
O Tribunal Federal compara a obesidade a doenças causadas por dependência e depressão. Há muito que se procura entender as consequências dessas mesmas doenças, quais os níveis de incapacidade laboral que provocam ,se há terapias disponíveis e se são tratáveis. De acordo com o Tribunal Federal, essas doenças ainda que tratáveis podem causar incapacidade, da mesma forma que a obesidade. “A ideia de que a pessoa se pode simplesmente livrar da obesidade mórbida, é falsa.”
Este veredicto significa que os casos de incapacidade por causa de obesidade mórbida, serão avaliados de forma individual e se for provada a incapacidade, a pessoa tem direito a reformar-se por invalidez.
No entanto, isto não quer dizer que é tão simples como ir a um médico buscar um atestado de invalidez. A pessoa tem que se comprometer a fazer algumas mudanças como alimentação, exercício, acompanhamento psicológico, etc
De acordo com o Bundesamt für Statistik (Secretaria Federal de Estatística), em 2022, 39.1% dos homens e 22.8% das mulheres, têm excesso de peso. Destes, 13.2% dos homens e 11% das mulheres, são obesos.
Desde Março deste ano, que medicamentos como o Wegvoy e Saxenda (do género do Ozempic), são comparticipados pelos seguros de saúde, sendo apenas facultados a pessoas com obesidade mórbida,mas também nestes casos,as pessoas comprometem-se a mudanças no estilo de vida. Os custos são elevados mas espera-se com isto reduzir custos associados a doenças resultantes do excesso de peso.
Fontes : NZZ,SRF, Blick, Bundesamt für Statistik